Os gregos (ou helenos) viveram na extremidade
meridional da península balcânica e sua civilização se desenvolveu a partir da
mistura das diversas populações que lá se estabeleceram nos últimos 8000 anos,
no entanto, as mais antigas características culturais que se pode chamar de
"gregas"apareceram somente depois de 2000 a.C.
A Grécia Antiga abrangia os povos que habitavam a
bacia do mar Egeu e as ilhas ao redor, e durou desde o surgimento da
civilização minoana, na Idade do Bronze, até a sua tomada pelos romanos, em 146
a.C.
A partir de 500 a.C. a cultura grega influenciou de
tal forma o mundo mediterrâneo que, sem exagero, acabou por constituir um dos
mais sólidos fundamentos de toda a Civilização Ocidental.
As primeiras populações que falavam grego ocuparam,
por volta de 2000 a.C., várias regiões da península balcânica, território de
topografia irregular localizado no sudeste da Europa. Posteriormente, em
sucessivas fases de expansão marítima, os gregos se estabeleceram em outros
locais, notadamente nas ilhas do Egeu e nas margens do Mar Mediterrâneo e do
Mar Negro.
Na Antigüidade, as mais importantes comunidades
gregas se concentravam na própria península balcânica, nas ilhas do Mar Egeu,
na costa ocidental da península anatólica (Ásia Menor), no sul da península
italiana e nas grandes ilhas da Sicília, a oeste, e de Creta, ao sul.
Os gregos antigos constituíram a primeira
civilização duradoura da Europa, que foi a base da cultura ocidental de tempos
posteriores. Deram importantes contribuições nos campos das artes, literatura,
filosofia e ciência, apesar de nunca terem conseguido a unificação
política.Enfim, as mais vastas
experiências sociais ocorreram na Grécia, berço de filósofos, sábios e
literatos famosos.
História da Civilização Grega
A cerca de 2600 a.C., povos da Anatólia, que sabiam
trabalhar o ferro e aperfeiçoaram a navegação e a agricultura, invadiram o
território grego. A partir de 2000 a.C., a região foi novamente invadida, desta
vez por povos indo-europeus (aqueus, eólios, dórios e jônios), que destruíram a
civilização existente, absorvendo seus hábitos e cultura.
Civilização na Grécia Antiga
Primeiro os aqueus invadiram (2000 a.C.). destruíram
o Império de Creta, assimilaram sua cultura e estabeleceram seu reino no
Peloponeso, construíram as cidades de Micenas Tirino.
Depois vieram os eólios que se fixaram em Tessália,
Etólia e parte do Peloponeso. A cidade mais importante criada por esse povo foi
Tebas.
Mais tarde vieram os dórios, que atravessaram o
istmo de Corinto, conquistaram, obrigando os aqueus a procurarem refugio na
Ásia Menor. Posteriormente conquistaram a cidade de Esparta que mais tarde se
distinguiria como potencia militar.
Os jônios, que vieram junto com os dórios,
estabeleceram-se na região da Ática, fundaram Atenas, criando uma forte
civilização que iria influir fortemente nos destinos dos homens.
Gradativamente, o povo grego começou a absorver a
língua e a religião dóricas, e tornou-se comum a todos os povos da região
cultuar um conjunto de deuses antropomórficos,(que pela forma se assemelhavam
aos homens), chamados Olímpicos, pois habitavam o topo do monte Olimpo. Em
homenagem a esses deuses, eram realizados festivais e competições atléticas,
dentre as quais as mais famosas foram os Jogos Olímpicos, em homenagem a Zeus e
a Hera, que se iniciaram no ano 776 a.C. Esta foi a primeira data registrada na
história da Grécia Antiga, e o calendário grego foi feito a partir dela.
Período Arcaico séc. VIII a.C. a VI a.C.
Durante esse período, o território grego se expandiu
de maneira surpreendente, principalmente devido ao aumento desenfreado da
população das cidades-estados já existentes e do surgimento da propriedade
privada o que estimulou muitas pessoas a migrarem em buscas de novas terras.
Das mais de cem cidades-estados gregas, várias se mantiveram oligárquicas, e
muitas outras desfrutaram de uma democracia.
Na história Grega este período foi o mais longo e é
dividido em três partes.
A primeira fase se tem notícia através dos poemas de
Homero, a Ilíada e a Odisséia. É conhecida como Tempos Heróicos ou Tempos
Homéricos. Foi a fase anterior a ao século VIII a.C.
A segunda fase é mais conhecida, começou a partir
deste século. Nela se deram as grandes invasões gregas e foram criadas colônias
na Ásia Menor e na Magna Grécia (sul da Itália e a Sicília). Esparta, Atenas,
Corinto e outras cidades tiveram seu maior desenvolvimento.
Numa terceira fase que teve início no século VI
a.C., a Pérsia conquista as colônias gregas da Ásia menor, originando vários
conflitos entre esses dois povos (Guerras Médicas do século V a.C.). Nesta
fase, Esparta torna-se poderosa e Atenas cria suas obras artísticas e
literárias.
Também neste período, surgiu a cunhagem de moedas,
aprendida pelos jônios com o povo lídio, um de seus vizinhos. Surgiram na mesma
época a literatura, a filosofia e o alfabeto gregos, também frutos de cidades
jônicas.
Período Clássico 480 a 323 a.C.
Este período foi divididos em duas partes.
A primeira fase, durante os séculos V e IV a.C., foi
marcada pelos seguintes acontecimentos:
Rivalidade entre as cidades gregas, levando-as a
guerra, enfraquecendo-as;
Dario I, rei dos persas e depois Xerxes, contando
com o enfraquecimento das cidades, tenta dominar a Grécia;
Os persas foram vencidos pelos gregos, nas batalhas
de Maratona, Salamina e Platéia;
Esparta, invejando o progresso de Atenas, depois das
guerras medicas, aliada com outras cidades gregas, vence sua rival (431 a 404
a.C.);
Em 338 a.C. Filipe da Macedônia invade a Grécia.
Durante essa fase, mesmo com tantas guerras, os
gregos conseguiram realizar suas mais importantes obras de arte e literárias.
A segunda fase, século III a II a.C., deu-se então:
A conquista dos persas, por Alexandre da Macedônia,
que fundou um novo e grande império, incluindo o da Índia, o Egito, e a Grécia;
Um maior contato dos gregos com outros povos
transformou a sua cultura;
O domínio do Império Alexandrino pelos soldados de
Roma, no século II a.C., ficando a Grécia submissa aos romanos.
Além do estabelecimento de um dos mais duradouros
padrões de beleza artística, os atenienses nos deram a tragédia, a comédia, a
filosofia de Sócrates, a historiografia de Heródoto e Tucídides e um sistema
político original, a democracia (literalmente, "o poder do povo"),
talvez a maior de todas as contribuições.
Período Helenístico 323 a 30 a.C.
Os povos Macedônicos (Felipe II e Alexandre)
conquistaram o povo grego e misturaram sua cultura com a cultura dos povos do
Oriente, sendo que Alexandre, amante da cultura grega, queria formar um Império
Universal onde a cultura grega fosse o ponto unificador dos povos conquistados,
formando assim uma nova cultura, o Helenismo.
Do ponto de vista político o continente grego
afastou-se do centro dos acontecimentos. Com o estabelecimento do Império
Romano em 27 a.C., a Macedônia e os territórios da Grécia Continental
tornaram-se simples províncias romanas.
As antigas póleis, agora meros centros municipais,
beneficiaram-se da Pax Romana e cessaram suas eternas disputas armadas. Os
jogos continuaram sendo disputados e os festivais celebrados; muitas
instituições políticas tradicionais conservaram os nomes e a influência local.
Atenas manteve o status de cidade universitária
A cultura grega foi adotada pela elite romana e a
cidade de Roma se tornou o mais novo e mais importante centro de cultura
helênica. Na cidade, a medicina e o ensino da filosofia e da retórica, tão
prezada pelos romanos, estava na mão de gregos (às vezes simples escravos);
escultores de origem grega trabalhavam para patronos romanos; e os intelectuais
romanos liam, falavam e escreviam fluentemente em grego.
Mas o Império Romano, no fim do século III, começou
a se desagregar. em 395 d.C. os bárbaros visigodos conseguiram saquear Atenas,
Corinto e outras importantes cidades gregas. Nesse mesmo ano, o imperador
Teodósio I dividiu formalmente o Império em dois, e a Grécia foi incorporada ao
Império do Oriente. A sede era a cidade de Constantinopla, fundada em 330 d.C.
pelo imperador Constantino ao lado da antiga cidade grega de Bizânciot
No Ocidente, a península italiana e as províncias
romanas caíram gradualmente nas mãos dos bárbaros. No Oriente, a cultura grega
sobreviveria ainda durante muitos séculos (até 1453 d.C.); sua influência seria
explícita a partir de 610 a 641 d.C., quando o grego se tornou a língua oficial
do Império Bizantino, embora a oposição dos cristãos, agora dominantes, contra
qualquer forma de paganismo.
A Igreja Cristã absorveu muitas coisas da antiga
cultura grega; apesar disso, fez muita pressão para acabar com o paganismo. O
ano de 529 d.C. marcou, o fim do vigor criativo da antiga cultura grega.
Como Surgiram
As cidades evoluíram de acordo com os agrupamentos
dos grupos abaixo citados:
Os genos, agrupamentos de famílias chefiadas por um
patriarca;
As fatrias, conjunto de genos;
Os demos, reunião de fatrias e, por último,
A polis ou cidade, resultado da união de vários
demos.
A autoridade era exercida somente pelos nobres.
Posteriormente o rei (nobre) foi substituído por um chefe que, em Atenas,
recebeu o nome de Arconde. O povo reagia contra a nobreza e alguns indivíduos
tomavam o poder: os Tiranos (pessoas que tomavam o poder de forma irregular).
Como o povo queria continuar mandando, substituíam os tiranos por Magistrados.
Essa organização não era a mesma em todas as
cidades.
Cidades-Estado
As Cidades-Estados eram cidades que progrediam e
ficavam mais independentes.
As principais cidades-estados foram:
Esparta e Corinto, no Peloponeso;
Atenas, na Ática;
Tebas, na Beócia;
Delfos, no Monte Parnaso;
Mileto, Esmira e Éfeso, na Ásia Menor.
Durante o século V a.C. o poder político se
polarizou entre atenienses e espartanos. Atenas agregou diversas póleis a uma
poderosa aliança política e econômica conhecida por Liga de Delos; os
espartanos, por sua vez, organizaram a igualmente poderosa Liga do Peloponeso.
Esparta
Esparta era a capital da Lacônia e se distinguiu
pelo seu espírito guerreiro. Foi conquistada pelos aqueus, mas progrediu mesmo
com a chegada dos dórios.
Sua organização social era dividida em três classes:
Espartanos: formada pelos descendentes dos dórios,
era a classe dominante;
Periecos: formada por camponeses que apoiaram a
dominação dórica, tinham alguns privilégios, mas não podiam ocupar cargos
políticos por serem considerados como estrangeiros.
Ilotas: eram os escravos por no passado terem se
revoltado contra os dórios, não podiam se afastar das terras em que produziam.
Organização em Esparta
Esparta era governada por dois reis, em caso de
guerra um ia para o combate enquanto o outro ficava na cidade.
Mas os monarcas eram limitados por órgãos oficiais:
Gerúsia: câmara
formada por pessoas com mais de sessenta anos, que legislavam para todo
o povo, eram vinte e oito membros eleitos pelo povo.
Apela: Assembléia do Povo, formada por cidadãos com
mais de trinta anos, eles aprovavam ou não as leis da Gerúsia.
Conselho dos Éforos: formado por cinco magistrados
eleitos pelo povo. Podia fiscalizar os monarcas e expulsar estrangeiros, podia
convocar a Gerúsia e a Apela, atuar junto aos militares e administrar justiça.
Educação em Esparta
Os espartanos eram preparados acima de mais nada
para a guerra, crianças que nascessem com problemas físicos eram jogadas no
desfiladeiro. As que nasciam bem, ficavam com os pais até os sete anos, a
partir daí o Estado tratava de educá-los.
As meninas eram ensinadas na arte domésticas e aos
vinte anos eram obrigadas a casarem-se, embora os homens só pudessem casar
depois dos trinta anos.
Os meninos logo cedo faziam exercícios físicos,
leitura e canto. Cuidavam rigorosamente da perfeição do corpo. Entravam para o
exército aos vinte e um anos, de onde saiam aos sessenta.
Esparta representava o poder absoluto, ditatorial,
onde os filhos eram educados dentro de leis rígidas, que por severas demais,
terminava por favorecer a corrupção.
Atenas
A vida civil de Atenas foi muito diferente do viver
militar dos espartanos.
Cidade formada por jônios, com sua localização
próxima ao mar exerceu grande influencia na sua formação, contato com outros
povos de civilizações adiantadas aprenderam e desenvolveram os elementos de uma
vida espiritual e materialmente superior, votada para ciências e artes.
Tinha sua população dividida em três classes:
Cidadãos: eram os filhos de atenienses.
Metecos: eram estrangeiros que se dedicavam ao
comércio e a indústria. Não tinham direitos públicos, eram livres e bem
tratados.
Escravos: classe menos numerosa, recebiam tratamento
humano e podiam conquistar a liberdade.
Organização em Atenas
No inicio Atena era governada por aristocratas que
mais tarde escolheram governantes que receberam o nome de Arcondes, eram
magistrados, sendo uns vitalícios, outros não. Depois, ao invés de 3 eles
escolheram 9 magistrados, o arcontado, que governavam por um ano.
Escolheram também membros da assembléia chamada
Aerópago, semelhante a Gerúsia de Esparta.
Como tinha pouca participação do povo nesse governo,
os atenienses, em maioria comerciantes e artesões, clamavam por leis escritas
com melhores condições de vida e como queriam atuar no governo, formaram uma nova
classe social.
Atenas serviu de modelo a muitas cidades gregas e
foi a grande exceção no mundo antigo,
quanto a forma de governo Foi considerada o berço da democracia, onde o
povo amava a liberdade e se dedicavam à cultura, às artes, à beleza.Foi desta
cidade que saíram grandes legisladores, filósofos e poetas.
As Leis
Com a pressão do povo, no século VII a.C., surgiram
leis formando o Código atribuído a Drácon. Que por serem leis muito severas,
acabaram por descontentar o povo e os aristocratas
Em 594 a.C. os atenienses elegeram Sólon, um dos
sete sábios gregos, para a Arcontado, que realizou por sua vez, importantes
reformas na democracia, favorecendo os direitos de todos:
1º. Liberou, em parte, os devedores que por isso
eram, anteriormente, escravizados.
2º. Deu garantia a liberdade individual.
3º. Estabeleceu o trabalho como dever, assim o pai
tinha que ensinar um oficio ao filho.
4º. Dividiu o povo em quatro classes de acordo com
seu rendimento. Conservou o Aerópago e o Arcontado, criou o Bule, que era
formado por cidadãos escolhidos entre os membros das três primeiras classes
sociais, e criou ainda a Eclésia que era composta por vinte mil cidadãos,
havendo entre eles pessoas sem posses.
Pisístrato
As reformas de Sólon originaram descontentamento: os
eupatridas se viram prejudicados e o povo achou que devia ter mais direitos.
Das lutas aproveitou Pisístrato, jovem endinheirado que, apoiado no partido
popular, apoderou-se do governo.
Deu-se- o qualificativo de tirano, que, como
sabemos, designava os que se elevavam ao poder por meios irregulares.
Pisístrato administrou com justiça e acerto,
respeitando as leis de Sólon e procurando melhorar as condições dos menos
favorecidos. A ele se atribui a iniciativa de determinar a compilação das obras
de Homero. Quando morreu, sucederam-lhe os filhos Hiparco e Hípias. No entanto,
estes não foram felizes:Hiparco foi assassinado numa rebelião e Hípias fugiu
perseguido pelos nobres de Atenas. (510 a.C.).
Educação em Atenas
Diferente de Esparta, as crianças ficavam em casa
até os seis anos, e depois os meninos iam à escola para aprender leitura,
cálculo, escrita, poesia, canto e ginástica. Cultivavam o amor a pátria, às
letras e às artes.
Os rapazes, aos dezoito anos entrava no exercito.
Freqüentavam o liceu ou a academia. Tornavam-se cidadãos.
As meninas ficavam no lar, onde aprendiam a tecer,
fiar, e bordar. Só poderiam freqüentar festas religiosas e não poderiam comer à
mesa na presença de pessoas estranhas.
As Guerras
As Gueras Médicas ou Guerras Greco-Pérsicas
A primeira guerra começou quando Dario I mandou
emissários render as cidades gregas pacificamente. Várias cidades gregas
cederam, menos Esparta e Atenas, que mataram os emissários persas.
Dario então preparou um grande exército e
desembarcou na planície de Maratona, próximo a Atenas. Os Atenienses, com um exército bem menor, tiveram de lutar
sozinhos, pois os espartanos só poriam seus exércitos em marcha sob lua cheia,
e na época era quarto crescente. Mesmo
assim os gregos lutaram com garra e venceram em 490 a.C.
Na segunda guerra, com a morte de Dario I, os persas
passaram a serem governados por Xerxes, Prepararam um poderoso exército que
iria por terra. Uma esquadra saiu costeando pelo mar Egeu, acompanhando a
marcha dos soldados
Invadiram a Grécia pelo norte, renderam Tessália,
que aliou-se a eles. Algumas cidades uniram-se a Atenas. Quando eles
conseguiram passar pelo desfiladeiro das Termópilas, entraram em Atenas,
saquearam, incendiaram a cidade. Mas os grego haviam construído uma esquadra,
que embora em menor numero era mais veloz e equipada que as embarcações persas.
Os gregos vencem mais uma vez, agora na Baía de Salamina. Mandam Xerxes de
volta para a Ásia.
Mas os persas continuavam querendo a Grécia. Eles
estavam no Mar Egeu. Xantipo comanda os gregos e vence a esquadra persa na
batalha naval de Miracle. Finalmente as guerras médicas chegaram ao fim quando
Címon destrói a última esquadra persa em Eurimedonte.
Com essas vitórias, Atenas consegue grande
prestígio, provocando a inveja de Esparta.
Guerras Internas
Os interesses dos dois grupos, Atenas e Esparta,
logo entraram em choque, e os aliados de Esparta e os aliados de Atenas
enfrentaram-se numa longa e desgastante guerra, conhecida por Guerra do Peloponeso (431 a 404 a.C.).
Péricles agora governava Atenas, uniu várias cidades
gregas formando a Confederação de Delos, buscando manter a paz.
Esparta não participou desta confederação, e unida a
outras cidades, atacou a Ática, levando seus habitantes a refugiarem-se em
Atenas.
Atenas mandou uma esquadra para devastar o
Peloponeso, mas a peste atacou esta cidade com mais força que seus navios,
matando inclusive Péricles.
As duas cidades, já fracas de lutarem assinaram uma
trégua que deveria durar 50 anos. Porém isso não ocorreu pois Alcebíades
aconselhou o governo a conquistar a Silícia (rica em trigo), mas para isso os
Atenienses teriam que atacar Siracusa, aliada de Esparta.
A campanha foi um desastre, já que por um incidente
Alcebíase traiu Atenas e revelou suas intenções à Esparta.
O fim das guerras finalmente chegou quando Lisandro
venceu a esquadra ateniense, que por sua vez, obrigou-se a assinar sua rendição
a Liga do Peloponeso, ficando submissa a Esparta, o que não durou muito, já que
um ateniense,Trasíbulo, que havia se refugiado em Tebas libertou Atenas. E
ainda, dois tebanos , Pelópidas e Epaminondas, investiram contra Esparta e
venceram-na.
Com a disputa, finalmente vencida pelos espartanos,
os atenienses perderam quase todo o poderio político e financeiro adquirido nos
anos anteriores.
Com todas essas guerras entre as cidades, a Grécia
ficou enfraquecida, sendo invadida e dominada pela Macedônia, monarquia
semi-bárbara, existente ao norte.
O século IV a.C. começou com um curto período de
hegemonia espartana, concomitante a um hesitante renascimento ateniense, a que
se seguiu um período igualmente curto de hegemonia tebana. Atenas, porém,
manteve sua importância cultural: esse foi o século de Platão, Aristóteles e
Demóstenes.
Quando as póleis se deram conta, a partir de 350
a.C., da progressiva intromissão do rei Felipe II da Macedônia nos assuntos
gregos, era tarde demais: em 338 a.C. o exército macedônico pôs fim à autonomia
das póleis helênicas. Após a morte do rei, um ano depois, seu filho Alexandre
III ("O Grande") tomou o
Egito, o Oriente Médio e o Império Persa em menos de quinze anos, com um
exército de macedônios.
Ciência Grega
Considerando o povo grego em conjunto, notava-se
nele uma curiosidade inventiva em todos os aspectos:
Herdeiros dos cretenses e fenícios na arte de
navegar, aperfeiçoaram e construíram barcos, adaptando-os de acordo com seus
objetivos, seja para transporte, comércio ou competições.
Inventaram a âncora, aperfeiçoando-a de tal maneira
que até hoje é utilizada, sem grandes modificações.
Quanto a moeda, foi aperfeiçoada e transformada
pelos gregos em instrumento normal de troca expandindo-a por toda a parte.
Os gregos inventaram e construíram o relógio de sol.
Foi um sábio grego (Arquimedes) nascido em Siracusa, que estabeleceu o princípio
geral da alavanca, inventou o parafuso e porca, a roldana, as engrenagens,
entre outras.
A ciência desenvolveu-se devido aos grandes
filósofos gregos, homens que se dedicavam ao estudo de vários ramos do
conhecimento humano (Física, Matemática, Astronomia, etc...) assim sendo, a
filosofia (literalmente: amor a sabedoria) englobava todas essas ciências.
Hipócrates de Cós, ( o Pai da Medicina), estabeleceu
que as doenças tinham causas naturais e por isso deveriam ser tratadas por
processos também naturais e não através de magias. Dessa maneira, os gregos
dotaram as criações orientais de um novo espírito, o espírito da ciência, ou
seja, da explicação racional dos fatos.
Alguns Filósofos e Artistas Gregos
Tales de Mileto: admitia a existência de um elemento
básico – a água – do qual derivam todas as coisas do universo.
Anaximandro: desenvolveu a teoria de que os
primeiros animais viveram na água.
Pitágoras: matemático, pioneiro das ciências
naturais, astrônomo e reformador moral.
Ésquilo.
História da Grécia Antiga
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cidades-estados, Atenas e Esparta, cultura grega,
Olimpíadas, Guerra do Peloponeso, mapa da Grécia, resumo teatro grego - cultura grega e história
Ruínas de um teatro grego.
Introdução
A civilização grega surgiu entre os mares Egeu,
Jônico e Mediterrâneo, por volta de 2000 AC. Formou-se após a migração de
tribos nômades de origem indo-europeia, como, por exemplo, aqueus, jônios,
eólios e dórios. As pólis (cidades-estado), forma que caracteriza a vida
política dos gregos, surgiram por volta do século VIII a.C. As duas pólis mais
importantes da Grécia foram: Esparta e Atenas.
mapa da grécia antiga
Mapa da Grécia (clique nele para ampliar)
Expansão do povo grego (diáspora)
Por volta dos séculos VII a.C e V a.C. acontecem
várias migrações de povos gregos a vários pontos do Mar Mediterrâneo, como
consequência do grande crescimento
populacional, dos conflitos internos e da necessidade de novos territórios para
a prática da agricultura. Na região da Trácia, os gregos fundam colônias, na
parte sul da Península Itálica e na região da Ásia Menor (Turquia atual). Os
conflitos e desentendimentos entre as colônias da Ásia Menor e o Império Persa
ocasiona as famosas Guerras Médicas (492 a.C. a 448 a.C.), onde os gregos saem
vitoriosos.
Esparta e Atenas envolvem-se na Guerra do Peloponeso
(431 a.C. a 404 a.C.), vencida por Esparta. No ano de 359 a.C., as pólis gregas
são dominadas e controladas pelos Macedônios.
Economia da Grécia Antiga
A economia dos gregos baseava-se no cultivo de
oliveiras, trigo e vinhedos. O artesanato grego, com destaque para a cerâmica,
teve grande a aceitação no Mar Mediterrâneo. As ânforas gregas transportavam
vinhos, azeites e perfumes para os quatro cantos da península. Com o comércio
marítimo os gregos alcançaram grande desenvolvimento, chegando até mesmo a
cunhar moedas de metal. Os escravos, devedores ou prisioneiros de guerras foram
utilizados como mão-de-obra na Grécia. Cada cidade-estado tinha sua própria
forma político-administrativa, organização social e deuses protetores.
Cultura e religião
Foi na Grécia Antiga, na cidade de Olímpia, que
surgiram os Jogos Olímpicos em homenagem aos deuses. Os gregos também
desenvolveram uma rica mitologia. Até os dias de hoje a mitologia grega é
referência para estudos e livros. A filosofia também atingiu um desenvolvimento
surpreendente, principalmente em Atenas, no século V ( Período Clássico da
Grécia). Platão e Sócrates são os filósofos mais conhecidos deste período.
A dramaturgia grega também pode ser destacada. Quase
todas as cidades gregas possuíam anfiteatros, onde os atores apresentavam peças
dramáticas ou comédias, usando máscaras. Poesia, a história , artes plásticas e
a arquitetura foram muito importantes na cultura grega.
A religião politeísta grega era marcada por uma
forte marca humanista. Os deuses possuíam características humanas e de deuses.
Os heróis gregos (semideuses) eram os filhos de deuses com mortais. Zeus, deus
dos deuses, comandava todos os demais do topo do monte Olimpo. Podemos destacar
outros deuses gregos : Atena (deusa das artes), Apolo (deus do Sol), Ártemis
(deusa da caça e protetora das cidades), Afrodite (deusa do amor, do sexo e da
beleza corporal), Deméter (deusa das colheitas), Hermes (mensageiro dos deuses)
entre outros. A mitologia grega também era muito importante na vida desta
civilização, pois através dos mitos e lendas os gregos transmitiam mensagens e
ensinamentos importantes.
Os gregos costumavam também consultar os deuses no
oráculo de Delfos. Acreditavam que neste local sagrado, os deuses ficavam
orientando sobre questões importantes da vida cotidiana e desvendando os fatos
que poderiam acontecer no futuro.
Na arquitetura, os gregos ergueram palácios, templos
e acrópoles de mármore no topo de montanhas. As decisões políticas,
principalmente em Atenas, cidade onde surgiu a democracia grega, eram tomadas
na Ágora (espaço público de debate político).
Grande site para trabalhos escolares
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